quinta-feira, 16 de abril de 2020

Repasto domingueiro





Repasto domingueiro

Aos Domingos.
Era sagrado. O almoço em casa da tia Aurora.
Uma cozinheira excelente.
Aprendera nas grandes casas da fidalguia.
Depois da missa do dia na igreja velha,
Chegávamos todos.
A mesa estava posta.
À cabeceira o tio António.
O sabichão da oficina.
O ferro e a folha de Flandres não tinha segredos para ele.
Qualquer problema tinha nele a solução.
Cozido à portuguesa.
Boas carnes. Bons legumes. A fumegar.
Boa pinga. O tio Tónio era um especialista.
Faziam questão de ter a casa cheia.
Os tios Zé Maria e mulher, a tia Felicidade.
Eu, mais o namorado da Alexandrina.

Que ricas tardes. Falava-se de tudo.
As últimas.
A festa ia pela tarde dentro.
Saudades!
Era tudo bom...

Mara, 16 de Abril de 2020
12h40m
Jlmg


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