Prisioneiros
Cercados na praça deserta onde nada acontece.
Eremitas confessos por dever de ofício.
Atrasados dementes. Ideias cortadas.
Avessos a tudo. Alheios sem metas.
Abandono sem tento. Esquecidos da vida.
Carapaças cerradas nos corpos parados.
Horizontes sinistros ameaçando de morte.
Uma guerra perdida sem armas.
Braços caídos. O desfalecimento total.
Só a esperança perdura por debaixo destas nuvens sem norte.
Uma lição de terror, oxalá se acabe.
De nada importa o poder e dinheiro.
Se a vida especou…
Mafra, 23 de Abril de 2020
21h7m
Jlmg
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