segunda-feira, 6 de abril de 2020

Gatos de arame


Gatos de arame na loiça de barro

Corriam as aldeias perdidas na serra.
Traziam a oficina singela numa geringonça de ferro.
Apitavam constantes a chamada para o conserto.
A vida era dura. Nada se podia perder.
Trazia gatos com ele que lhes podiam valer.
E a pequenada à volta, curiosa da arte, se divertia com ele.
Bendito senhor.
A malga da sopa. A travessa da mesa.
Caíram ao chão.
Ficaram em cacos.
Paciência tem ele e todo o saber...

Mafra, 6 de Abril de 2020
10h08m
Jlmg

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