quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Porto, na madrugada

Porto na madrugada

Cheguei ao Porto de madrugada.
Estação de São Bento.
Um palácio aberto ao vento.
Uns painéis de sonho no salão de entrada.
Cenas campestres. Da região nortenha.

Saí para a rua. Vadiei perdido pelas ruas sós.
Iluminação feérica. Um silêncio fundo.
Não vi viv'alma, mas não tive medo.
Todo o mundo dormia.

A praça maior, frente ao Município.
Muito elegante. Cheia de luz.
Prédios solares, com majestade.
Colunatas altas. Janelas em arco.
Um jardinado ao centro.
Muita limpeza.

Fui aos Clérigos. Que o Nazoni ergueu.
Frontaria soberba.
Uma torre atrevida.
Portais cerrados.
Contra os ladrões.
Amanhã vou vê-la.
Orar lá dentro.

Depois, à Sé. Lua no céu.
Terreiro deserto.
Pelourinho ao centro.
Lá em baixo o Douro, a fluir dormente.
Lá longe Gaia. Cheirando a vinho.

Desci à ponte que o Rei Luís,
À custa do Povo,
Em boa hora ergueu.

Que deslumbramento!

Da Ribeira à Foz.

Uma avenida de água, como Deus mandou.

Berlim, 31 de Janeiro de 2019
19h28m
Jlmg


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