O céu de Lisboa
De safira refulgente é o céu de Lisboa.
Suave e transparente, envolvendo quem lá está, seu ar é dom divino.
Sorriem todos os rostos de alegria e vontade de existir.
É estrelado de oiro e prata nas noites de luar.
Vêem-se a olho nú as galáxias e constelações.
A estrela polar é sol.
Cassiopeia, Ursa Maior e Menor se divertem no recreio, toda a noite, até amanhecer.
E, ao nascer da lua, fica um rasto de luz imensa, sobre o Tejo largo e fundo.
Na imensidão do horizonte, navegam, de vez em quando, núvens alvinitentes, parecem caravelas.
Sob ele o Tejo ali dormita e sonha, ao chegar de Espanha, carregado de cansaço.
Ouvindo Zeca Afonso
Berlim, 28 de Janeiro de 2019
8h48m
Jlmg
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