As telhas da cidade
Sossegadas, dormem as telhas sobre as casas.
Cansadas, descansam as gentes para a luta da vida de cada dia.
É a noite com seu afago que acalenta os sonhos de cada lar.
Juras e promessas de carinho semeando a seara de calor.
Ardem quentes as lareiras.
Servem-se quentes as doces refeições à mesa.
Tilintam copos e talheres. E os olhitos da pequenada brilham alegres para os pais.
Que pena!
É quase a hora de deitar.
E, no rescaldo do fim do dia, quando já dormem os pequenitos,
ainda à mesa, saciados, trocam gestos de carinho e dão-se as mãos, contando as lutas de mais um dia que passou.
É o quadro de Lisboa que adormece.
Ouvindo Carlos Paredes
Berlim, 21 de Janeiro de 2019
9h23m
Jlmg
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