sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

As lágrimas de Lisboa

As lágrimas de Lisboa

Foram tantas as tristezas de Lisboa que o Tejo encheu de lágrimas
e inundou o mar.
Naquela manhã inesquecível para quem sobreviveu
e todas as gerações que lhes sucederam.

Foi um abraço infinito de solidariedade que perdura hoje
e faz das suas gentes um exemplo de fraternidade.
Tantos laços as prendem à terra onde nascem que partilhar é seu modo de ser, na alegria e na tristeza.

Amam Lisboa como a uma mãe.
A veneram cada ano enchendo sua avenida maior com a alegria esfuziante das marchas coloridas de cada bairro
e com a chama ardente das procissões.

Regressa a casa com saudade, com devoção, em cada ano, cada filho que tem de ir correr o mundo para ganhar a sua vida quando nela, por infortúnio ou vil desgovernança, lhes escasseia o pão.

Ouvindo Carlos Paredes

Berlim, 18 de Janeiro de 2019
8h56m
Jlmg

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