segunda-feira, 7 de janeiro de 2019
Alfacinhas
Alfacinhas
Não se sabe donde veio este nome aos lisboetas.
Não importa.
O aceitaram bem todas as gerações.
Algo diz da sua alma.
Talvez a esperança verde.
Sua frescura nas emoções.
Diz bem o que eles são.
São tenros e ternos nas suas relações de vizinhança e solidariedade.
Falam de porta a porta.
Se socorrem nas dores e aflições.
Sentem igual a nostalgia do passado.
Suas memórias se mantêm acesas.
Fazem lenda os seus fadistas e letrados.
Pessoa e Eça.
Júlio Dantas.
Um rosário.
Sentem-se em festa na alegria diária dos mercados.
A freguesia que os alimenta e lhes merca todos os verdes que vêm das hortas.
Nada sobra ao fim do dia quando fecham as portas.
Ficam secas todas as bancadas.
Ouvindo Carlos Paredes
Berlim, 8 de Janeiro de 2019
7h46m
Jlmg
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