De Rosáceas e de Vitrais
Na aspiração para o alto que caracteriza o homem,
tingiu o vidro de todas as cores, sem perder sua transparência.
Obteve flores. Bosques luminosos de ninfas povoados e divindades.
Enfeitou com eles palácios e catedrais.
Decorou janelas e rosáceas.
Filtrando as cores da luz e espelhando-as
pelos salões e pelas naves, num deslumbramento pictórico que sugere as belezas celestiais.
Imitando estrelas esparzindo luz e brilho nas noites belas das madrugadas.
Tecendo véus e mantas com a beleza das flores para vestirem as damas palacianas se passeando pelos jardins em majestosas posições.
Foi a era do culto puro ao sublime, sem recurso aos floreados de mau gosto que o futuro, embriegado de pobreza imaginativa, haveria de consagrar.
De tudo se vêem recheadas os palácios e as paredes das igrejas de Lisboa.
Berlim, 9 de Janeiro de 2019
7h2m
Jlmg
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