Tantas janelas
Tantas janelas viradas para o rio.
Faíscam ao sol que se põe sobre o mar.
Uma cascata sem fim de casas a esmo.
Telhados vermelhos, herméticos as tapam do frio.
Escorrem as ruas pelo meio dos prédios.
Passam eléctricos entre os carros parados.
Abundam igrejas com torres etéreas.
Faíscam ao sol que se põe sobre o mar.
Uma cascata sem fim de casas a esmo.
Telhados vermelhos, herméticos as tapam do frio.
Escorrem as ruas pelo meio dos prédios.
Passam eléctricos entre os carros parados.
Abundam igrejas com torres etéreas.
Uma turba sem conta inunda as ruas.
Sobem escadas as almas penadas.
Pedem perdão aos sacrários divinos.
Sobem escadas as almas penadas.
Pedem perdão aos sacrários divinos.
Pelos passeios vadiam fidalgos inúteis.
Consomem as rendas da seara e do vinho.
Chiques senhoras com vestidos de renda
Vêem as últimas na vitrina da esquina.
Consomem as rendas da seara e do vinho.
Chiques senhoras com vestidos de renda
Vêem as últimas na vitrina da esquina.
Aparentemente alheios, com negras batinas,
Passam os cónegos, com faces vermelhas.
Dirigem-se para a Sé ao encontro do bispo.
Passam os cónegos, com faces vermelhas.
Dirigem-se para a Sé ao encontro do bispo.
Ao fundo de tudo corre um rio profundo.
Um arco de ferro lhe enlaça as margens.
Passam sob ele as barcaças de vinho, vindas da Régua.
É o Douro opulento e garboso que banha o Porto.
Um arco de ferro lhe enlaça as margens.
Passam sob ele as barcaças de vinho, vindas da Régua.
É o Douro opulento e garboso que banha o Porto.
Berlim, 15 de Outubro de 2018
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