Outra vez prá cova...
Meu santo avô morreu há cinquenta anos,
Resolveu fazer-me uma visita.
Apresentou-se na hora de jantar.
Disse-lhe que também já era avô.
Só três.
O outro,
- eu sei está lá comigo.
Ele teve umas muitas dezenas.
Resolveu fazer-me uma visita.
Apresentou-se na hora de jantar.
Disse-lhe que também já era avô.
Só três.
O outro,
- eu sei está lá comigo.
Ele teve umas muitas dezenas.
Recordamos tudo.
Quando eu ia com ele tocar os sinos a finados.
Dar corda ao relógio da torre.
Dos morteiros que ele arranjava pelas festas de Agosto.
Enfim, tantas recordações boas.
E, o avô como passa lá no céu?
- Uma paz eterna. Até cansa.
Por isso, pedi licença ao São Pedro e vim.
Quando eu ia com ele tocar os sinos a finados.
Dar corda ao relógio da torre.
Dos morteiros que ele arranjava pelas festas de Agosto.
Enfim, tantas recordações boas.
E, o avô como passa lá no céu?
- Uma paz eterna. Até cansa.
Por isso, pedi licença ao São Pedro e vim.
A televisão estava acesa. No telejornal.
Guerras aqui. Guerras além.
Incêndios medonhos.
Como os do inferno.
- Meu Deus, como se pode viver aqui?
Vou voltar para a cova...
Guerras aqui. Guerras além.
Incêndios medonhos.
Como os do inferno.
- Meu Deus, como se pode viver aqui?
Vou voltar para a cova...
Berlim, 23 de Outubro de 2018
12h50m
Jlmg
12h50m
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