terça-feira, 2 de outubro de 2018

O ar que atravessa a minha janela





O ar que me atravessa a janela

Vem do mar o ar que me atravessa a janela.
Cheira a algas, flores sem canteiros.
Traz-me o iodo, perfumado das ondas.
Mergulha em minha alma
Como se fosse um abrigo.
Sacia o meu corpo,
Faminto de sal.

Leva-me com ele para a areia molhada.
Dá-me a paz que a terra roubou.
Faz-me vibrar as cordas paradas.
Adormeço a ouvi-lo.
Conta-me histórias e lendas
Que mundo esqueceu...

Berlim, 2 de Outubro de 2018
12h43m
Jlmg


Sem comentários:

Enviar um comentário