sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Preciso da morte


Preciso da morte...

Preciso da morte para me explicar a vida.
Tantas perguntas dão que pensar.
Não me interessa viver por viver.
Saber donde vim, para onde vou.
Que vim cá fazer?
Quem me chamou?

Alegre ou triste,
No meio do mundo,
Só respondo por mim,
Caminho sózinho.

Vou para o além,
Não sei onde fica ou acaba.
Uns dizem uma coisa,
Outros dizem outra.
Quem fala verdade?

Fui procurar.
Ouvi os Antigos.
Do Oriente até cá.

Confúcio e Buda.
Não chegaram para mim.
Zeus e Zenão de nada serviram.
Em Atenas e Roma, foi tudo terreno.

Parei em Belém.
Contaram-me uma história.
Prendi-me a ela.
Ouvi Abraão e Moisés.
Muitos profetas, voltados para o Messias.
Humanidade perdida,
Carecendo ser salva.

Uma Virgem bendita,
Cheia de graça,
Concebeu do Espírito.
Um menino nasceu.
Nem Ele sabia a missão.

Quando a hora chegou, começou a prégar.
À humanidade perdida Ele iria salvar.
Oferecendo a vida,
Vencendo a morte.
Fiquei tranquilo...

Berlim, 19 de Outubro de 2018
13h38m
Jlmg





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