Gravetos...
Andei à procura de gravetos na mata.
Daqueles secos.
Só ardem. Não deitam fumo.
Sem eles meu serão é gelo.
Tive sorte. Trouxe um braçado.
De eucalipto, do Verão.
Vou regalar-me, logo à noite.
É de pedra minha lareira.
Mantém um borralho minha cozinha.
Dá gosto vê-los a arder.
Amodorrado no preguiceiro.
O baile das labaredas.
Ao sabor do vento da chaminé.
Os estalos que elas dão.
Espargem chispas.
Uma guerra quente que não tem fim.
Habituei-me a ela. Imprescindível no rigor dos Invernos.
Com vinho quente ou aguardente.
Ouvindo o vento a bramir no monte.
Sózinho ou não...
Berlim, 27 de Outubro de 2018
15h3m
Jlmg
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