Medo
Tenho medo do fogo e do vento.
Pavor da desordem e do descalabro.
Quando se perde o respeito do filho ao pai e morre a honra.
Tenho medo do deserto das florestas e vales secos.
Das estações fechadas porque não há mais comboios.
Das frases ocas e sem sentido.
Das mentiras veladas dos jornais que levam ao desespero e fim da fé.
Prefiro o silêncio da madrugada aos festivais sem alma e a cor do belo.
Bem-vinda a morte quando, à volta, está tudo morto.
Só queria, de novo, a paz da infância e todas as bênçãos…
Berlim, 18 de Março de 2018
8h57m
Jlmg
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