sexta-feira, 2 de março de 2018

De bradar ao vento...



De bradar ao vento…

Telhados estilhaçados.
Árvores caídas.
Barcos parados, nas docas e portos,
Arrastados, perdidos, se calhar para sempre, na fúria do mar.

De repente.
Um tufão endiabrado,
engatilhado nas nuvens e preso ao mar, irrompeu em vertigem,
um diabo do inferno,
levando tudo à sua frente.

Os molhes de pedra não resistem.
Vão-se as cadeiras e mesas dos restaurantes.
As casas mais atrevidas pagam caro a ousadia.
Com o mar ninguém se meta.

Pode ser fatal uma fotografia
Ou um passeio à beira-mar.
Quem diria!
Mais um modo de acabar os dias.
Assim vai o meu país…

Berlim, 2 de Março de 2018
9h11m
Jlmg





Sem comentários:

Enviar um comentário