A intempérie…
É transversal ao mundo.
Não há campo. Não há savana nem deserto onde ela não grasse.
É no ar. É no mar. É nas profundezas do ventre da terra.
Tudo oscila.
As estruturas milenárias, erguidas pelas gerações, sofrem fissuras.
A incapacidade e impotência alastram arrasadoras.
Os poderes no mundo perderam o rosto.
Ninguém sabe quem os domina.
Mexeram nas leis gerais da natureza.
Afundaram a harmonia dos saberes serenos.
A voragem é o motor e a opressão por poucos, é o combustível cego e inexorável.
Despejar bombas sobre gente inocente é moeda de troca para impor o poder.
Ninguém no mundo é referência ou serve de instância para dirimir conflitos.
Escasseia o tempo.
Só um milagre poderá dominar a intempérie que vitima a humanidade…
Berlim, 16 de Março de 2018
7h18m
Jlmg
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