sábado, 3 de março de 2018

De vez em quando...

De vez em quando...

De vez em quando, faz-se o silêncio.
Tudo parou. Nada se alcança ou pressente.
Não é o ócio. É a ausência. A falta de tema ou de asas.
É um sufoco. Apetece dormir e sonhar.

O que será que comanda?
É tanta a vontade cá dentro.
A mente bosqueja, não pára.
Como núvem que corre e que passa.
E tanto demora.
A esperança e certeza que havia, quase definham.
Confio. Não foi a primeira.
Agarro meus braços ao tronco da árvore.
Finco meus pés e trepo.
O chão distancia.
Cada vez a copa mais perto.
Alcanço a distância ao longe.
Me sinto mais leve, quase pairando.
Bate-me o sol.
Encho meu peito.
Pégo na pena. É a hora.
O pesadelo passou.
A chama acendeu.
Ilumina e aquece...
Berlim, 3 de Fevereiro de 2018
16h30m
Jlmg

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