sábado, 11 de junho de 2016

se de repente...

E, se de repente…
Nada fazia prever.
A mais tórrida clanícula.
Muita vida morta
E tanta, quase a morrer.

Uma chuva grossa ,
Esgaçando o céu,
Inundasse o chão,
Apagando o inferno?...
E se um moribundo,
Às portas da morte,
Saltar do catre,
Corre para a estrada
Anunciando ao mundo
Que jamais morre
E adora a vida?...
E, se o mar irado,
Um leão rugindo,
Cavando a cova
Ao barco que pesca,
Com uma fartura a bordo,
Sem tirte nem zuarte,
Como um cordeiro,
Se queda inerte?...
Só por acaso,
Clamará o louco.
Só por milagre,
Proclamará o crente.
Dois olhares diferentes
Para a mesma sorte.
Onde a verdade?…
Berlim, 11 de Junho de 2016
8h28m
Dia de sol
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes

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