Encontro anual dos mafiosos de BILDERBERG que têm vindo a escavacar o
mundo e a ameaçar o seu fim apocalíptico, numa selva onde ninguém se
entende...
Gomes da Silva, CEO da Galp, substitui Fernando
Medina nos encontros de Bilderberg. Maria Luís Albuquerque vai sem
parceiro do PS e ficam por tirar ilações sobre que planos se fazem para o
futuro da política portuguesa
Inês Rapazote
Inês Rapazote
Jornalista
Há ministros da Defesa (da Alemanha, da Dinamarca, das Finanças (da
Suécia, da Alemanha, do Canadá, da Irlanda) dos Negócios Estrangeiros
(da Noruega) e do Ambiente (da Holanda), presidentes de câmaras (de
Rotterdão, na Holanda, e de Le Havre, em França), políticos vários e até
dois primeiros-ministros (da Bélgica e da Holanda) e um
vice-primeiro-ministro (da Turquia). Além destes, contam-se vários
jornalistas (do El País, Le Point, NBC, Finantial Times, Wall Street
Journal, The Economist, Bloomberg ou Washington Post), professores
universitários, Durão Barroso, Christine Lagarde (FMI) e muitos, muitos
empresários.
A cidade alemã de Dresden recebe, a partir desta
quinta feira, e até domingo, os encontros de Bilderberg, que conta com
um conjunto de personalidades de 20 países, que se reúnem para discutir
temas da atualidade. A grande maioria dos 130 participantes vem do velho
continente, mas os Estados Unidos, o Canadá e a Turquia também fazem
parte do grupo (restrito) que assiste aos encontros de Bilderberg.
Na agenda, estão os temas da atualidade, mas também a China, a Europa
(nomeadamente no que se prende com migrações, crescimento, reforma e
unidade), o Médio Oriente, a Rússia, política e economia
norte-americanas, ciber-segurança, precários e classe média, inovação
tecnológica e... geopolítica energética.
Durão Barroso, que no
ano passado sucedeu a Francisco Pinto Balsemão no lugar de membro
permanente de Bilderberg, convidou, como tem vindo a ser costume, duas
figuras do bloco central: uma mais afeta ao PSD, outra mais ligada ao
PS, com lugar firmado ou com potencial no mundo da política. Só a título
de exemplo, recorde-se que, além de Marcelo Rebelo de Sousa ou Jorge
Sampaio (que chegaram a Presidentes da República), passaram pelos
encontros primeiros-ministros ou candidatos a esse mesmo cargo duplas
como Durão Barroso e Ferro Rodrigues (2003), Santana Lopes e José
Sócrates (2004), Rui Rio e António Costa (2008), Paulo Portas e António
José Seguro (2013).
Este ano, a escolha (de Durão Barroso) recaiu
sobre Maria Luís Albuquerque e Fernando Medina. A primeira, que tem
sido apontada como uma das putativas sucessoras de Pedro Passos Coelho,
acedeu ao convite e estará presente em Dresden. Já Fernando Medina, que
"herdou" de António Costa a presidência da autarquia de Lisboa, teve de
declinar o convite, devido às suas obrigações institucionais decorrentes
do 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades
Portuguesas (Marcelo Rebelo de Sousa quis celebrar o dia com um desfile
militar, na Praça do Comércio).
Para o lugar de Medina, não foi
escolhida outra personalidade afeta ao PS, mas antes uma figura ligada
ao meio empresarial: o presidente da Galp Energia, Calos Gomes da Silva,
o nosso homem da geopolítica energética.
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