terça-feira, 7 de junho de 2016

minha revolta extrema...

Minha revolta extrema
Houve tempo
em que eu só via parte
do mundo à volta.
Uma teia espessa de preconceitos
me toldava a vista.
Tudo era chuva e enevoado,
um inverno eterno.
A luz do sol só no verão vingava.
Tanta norma cinza
em torniquete
me jugulava os passos.
Num constante ataque
de prestação de contas.
Como se eu fosse o meu próprio obreiro.
Aquilo não. é gula.
Ali é carne
e a tentação do mal...
O banhar à mão,
só em água fria.
A morna, não.
Ó que escolas vis
a quem serviam?...
Não era a Deus,
nossa fonte
e nossa medida.
Então a quem?
Só há pouco eu sei.
Mas o que passou
não mais volta...
Berlim, 7 de Junho de 2016
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes

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