Que estampido medonho...
No silêncio escuro do bosque,
ouviu-se um estampido.
As feras com medo fugiram.
Se tresmalharam à volta.
Chegaram às aldeias.
E as gentes dormentes
se estarreceram de medo
e fugiram ...
Umas escalaram montanhas.
Outras se abrigaram nas ínsuas verdes do rio ao pé.
Uma trovoada tonitruante
irrompeu pelos céus.
Os raios caindo, rasgaram as nuvens
e uma torrente de chuva caíu.
Tudo inundou.
Uma enxurrada inclemente descarnou as encostas da serra
e precipitou tudo à frente,
para aquele rio que dormia sereno
e acolhia as gentes.
Em algazarra feroz,
o rio começou a correr,
arrastando adiante,
os troncos das árvores tombadas,
mais as gentes despidas,
como se folhas e ramos caídos...
Que infortúnio tão grande
caíu sobre aquele mundo
sereno que vivia em paz!...
ouvindo Brahms, concerto nº 1 para piano
Bar "Caracol" arredores de Mafra,
16h52m
está sol, Domingo de Páscoa
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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