quarta-feira, 16 de março de 2016

doiradas mãos...

Mãos doiradas...

Sejam abençoadas todas as mãos abertas e prontas
que escrevem às cegas
o que lhes dita o coração e a alma.

Que indicam, indiscriminadamente, caminhos e sendas,
neste mar de desventuras.

Soerguem do chão os que caíram agarrados a laços que se desprenderam, inesperados.

Acariciam faces rasgadas de rugas e de feridas
das intempéries das suas vidas.

Que semeiam e plantam na hora certa para colherem e para ofertarem.

Que apertam outras mãos
naquelas horas más de indiferença ou de esquecimento.

Que ostentam anéis de luz
com alegria e fraternidade...

Bar "Castelão" em Mafra, 16 de Março de 2016
10h16m

ouvindo as mãos radiosas e jovens de Rubinstein sobre o piano, no concerto nº2  de Chopin

JLmg
Joaquim Luís Mendes Gomes




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