Mãos doiradas...
Sejam abençoadas todas as mãos abertas e prontas
que escrevem às cegas
o que lhes dita o coração e a alma.
Que indicam, indiscriminadamente, caminhos e sendas,
neste mar de desventuras.
Soerguem do chão os que caíram agarrados a laços que se desprenderam, inesperados.
Acariciam faces rasgadas de rugas e de feridas
das intempéries das suas vidas.
Que semeiam e plantam na hora certa para colherem e para ofertarem.
Que apertam outras mãos
naquelas horas más de indiferença ou de esquecimento.
Que ostentam anéis de luz
com alegria e fraternidade...
Bar "Castelão" em Mafra, 16 de Março de 2016
10h16m
ouvindo as mãos radiosas e jovens de Rubinstein sobre o piano, no concerto nº2 de Chopin
JLmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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