Uma coisa é a cara,
sombria e cerrada,
da pessoa que passa.
Como se alheia e distante.
Parecendo sem interesse,
A quem passa.
E, de independente,
Todo o mundo fosse seu.
Como é diferente o que vai lá por dentro.
Desde o receio
de desagradar.
Passar despercebido.
Nada merecer,
senão indiferença
ou malquerença.
Porque sou pequeno.
Uma cara sem graça.
Um pobre de tudo.
Um sem interesse.
- oxalá aquele-aquela goste!
- que pense bem
e me deseje...
- que pena!
- nunca mais o-a vejo...
- dar-lhe-ia tudo...
pelo bem do sua amizade!...
- assim ele ou ela
de mim o soubesse...
Que minha vontade seria sorrir
e não sofrer...
Quem adivinha a beleza do mar no seio,
se só por cima o mira?...
Berlin, 3 de Maio de 2015
8h32m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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