quinta-feira, 3 de março de 2016

meu ninho...

Meu ninho...

Me aninho nesta cadeira dura.
Tomei a bica.
Olhei a rua
E fiquei à espera.
Como um pedinte.
Um saltimbanco.
Aguardando os sorrisos
breves de quem passa.

Me alimento deles.
Minha chuva benigna,
Me acalenta e sustenta vivo.
Um sol de graça
que arde mas não queima.

São breves minhas passadas
e estes versos.
Lhes quero boa sorte.
Faúlhas vivas a voarem
Que a aragem depressa apaga.

Bar "caracol" Mafra, 3 de Março de 2016
9h7m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes

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