Poema do fim do mundo…
Estava cheia de floreiras a minha varanda.
Parecia um jardim.
Parecia um jardim.
Tantas cores garridas
de borboletas, colibris,
De todos os tons.
de borboletas, colibris,
De todos os tons.
Eu a cuidava cada dia, carinhoso,
Com muito asseio.
De manhã e à noitinha.
Uma devoção.
Com muito asseio.
De manhã e à noitinha.
Uma devoção.
Me esperavam bailarinas, sorridentes.
Pareciam infantis.
Eram vaidosas.
Pareciam infantis.
Eram vaidosas.
Minha janela era uma escala a quem passava frente a ela.
Foi em Agosto radioso, estival.
O dia festivo da Assunção.
O dia festivo da Assunção.
Iam cheios os caminhos e as estradas.
De peregrinos.
Eu fui um deles.
De peregrinos.
Eu fui um deles.
Era a festa, tão esperada, lá na Santinha.
Era imperdível.
Era imperdível.
Tantas tendas, com tudo à venda,
Um arraial.
Um arraial.
Havia sol.
Muita alegria.
Um dia lindo.
Bem promissor.
Duma grande noitada.
Muita alegria.
Um dia lindo.
Bem promissor.
Duma grande noitada.
De repente, tudo mudou.
Toldou-se o céu.
Ficou pardacento.
Toldou-se o céu.
Ficou pardacento.
Uma invasão tremenda
De nuvens negras,
Vindas do mar.
De tempestade.
De nuvens negras,
Vindas do mar.
De tempestade.
Uma ventania,
Impiedosa e inclemente,
Tudo varreu.
Com trovoada.
Muito granizo.
Tudo esgaçou.
Impiedosa e inclemente,
Tudo varreu.
Com trovoada.
Muito granizo.
Tudo esgaçou.
O fim do mundo!
Tudo levou.
…Até as floreiras da minha varanda.
Quase chorei.
…Até as floreiras da minha varanda.
Quase chorei.
Mafra, 10 de Março de 2016
7h40m
7h40m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
Joaquim Luís Mendes Gomes
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