Tempo das castanhas

Tempo das castanhas

Está no tempo das castanhas e das folhas secas.
Cobre-se de ouriços o chão das ervas verdes.
Quem me dera voltar a escachá-los com uma pedra sobre os penedos para saborear o que tinham dentro.
Ao lado, choram as bolotas por tão pequenas.

Sorriem ao alto os cachos de uvas pardas.
Chegou a hora de as espremer em vinho nos lagares de pedra.

Riem os melros e toutinegras nas tardes calmas.
Enquanto as sinetas cantam nos campanários.
Ó que saudades!...
É o tempo do São Miguel.
Oxalá farto como o outro foi.

Berlim, 16 de Setembro de 2018
8h45m
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