Nariz empinado
Todos os dias, pela manhã, sobe a costeira,
nariz empinado,
vestes brunidas,
e vai para a missa.
É catequista, de apelido, a "pulga",
olhando pró chão ,
escorraçando o diabo,
não vá ela pecar.
Leva flores, criadas na horta.
à sua conta tem um altar.
É boa moça, bordadeira exímia,
aprendeu com a mãe,
bisbilhoteira, sempre à janela,
a meter-se com os miúdos da escola.
Um dia, eu disse "carago",
foi o fim do mundo!
Nem ripostando:
-assim, pode-se dizer...
ela absolveu.
- vou dizer à Leonorzinha!
A minha santa mãe...
Berlim, 3 de Setembro de 2018
9h33m
Jlmg
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