segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Prendi-me a Lisboa

Prendi-me a Lisboa
Prendi-me a Lisboa com unhas e dentes.
Adoro suas colinas.
Um castelo altaneiro.
Nos conta o começo,
Como se fez Portugal.
Lisboa de Ulisses, encantado no Tejo,
Assentou arraiais.
Nunca mais a deixou.
Escorrem as lendas pelos Bairros sem fim.
Originaram o fado,
Canções de Lisboa.
Se encheu de tabernas,
Com vinho a correr.
Vindo das pipas do Sado e Além.
Se alargou pelos vales,
Como erva daninha.
Encheu-se bosques,
Monsanto e Belém.
Tem avenidas bem largas
Pintadas de verde.
Amarelos eléctricos
Escorrem nas linhas,
Servindo as gentes
Que vão trabalhar.
Uma estrela lá encima,
Virada para Cristo,
A protege do bem e do mal.
Sossega Lisboa, telhados vermelhos, Caiada de branco,
Voltada pró Tejo.
Há-de vir uma nau que, comigo,
Nos há-de levar...
Berlim, 3 de Setembro de 2018
13h11m
Jlmg

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