sábado, 29 de setembro de 2018

A mesa da minha varanda
Sabe de cor a minha vida.
Acordo. Ela me espera.
Pacata, me convida a sentar.
Apresenta-me uma folha em branco e um lápis e diz:
-Agora escreve o que tua alma ditar.
Oiço-a sempre.
Me surpreendo com o que vem.
É a ela que primeiro leio.
Sorri e diz, sempre que gosta.
Não regateia. Pelo contrário.
Ufana.
Parece que contribuiu para o caso.
- Calhou-me ser mesa. 
Se fosse humana,
também queria escrever na mesa de minha varanda...
Berlim, 29 de Setembro de 2018
15h9m
Jlmg

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