Nesta varanda bem alta
Nesta minha varanda,
Oiço a cidade correndo,
Parecendo fugir.
Não sei se chora, se ri
Ou se geme.
Enquanto uma cortina luminosa de nuvens,
Tapa serena, o azul pacato do céu.
Oiço a cidade correndo,
Parecendo fugir.
Não sei se chora, se ri
Ou se geme.
Enquanto uma cortina luminosa de nuvens,
Tapa serena, o azul pacato do céu.
Sorriem as janelas das casas.
Enquanto os telhados brilhantes
Dançam a dança macabra,
Clamando a frescura da neve.
Enquanto os telhados brilhantes
Dançam a dança macabra,
Clamando a frescura da neve.
Copas altivas oscilam seus ramos ao vento.
Um cortejo incessante de naves
Vêm de longe, carregadas de gente.
Trazem encontros, negócios,
Fechados nas malas,
Põem em marcha as peças paradas
Por falta de novas ideias.
Um cortejo incessante de naves
Vêm de longe, carregadas de gente.
Trazem encontros, negócios,
Fechados nas malas,
Põem em marcha as peças paradas
Por falta de novas ideias.
Daqui, na minha varanda,
Simples migalha de gente,
Assisto de graça a um formidável espectáculo,
De sons e de cores,
Nem o negrume da noite o pára…
Simples migalha de gente,
Assisto de graça a um formidável espectáculo,
De sons e de cores,
Nem o negrume da noite o pára…
Berlim, 11 de Setembro de 2018
18h27m
Jlmg
18h27m
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