quinta-feira, 27 de setembro de 2018

As pastagens



As pastagens
Caíu-me sobre a mesa este tema livre.
Olhei-o de todos os ângulos.
Meus olhos pouco viram.
Fechei-os.
Fez-se luz.
Aquelas mantas verdes e também de urzes,
brilhando ao sol,
Não são de linho.
Nem são de lã.
Servem de mesa aos rebanhos livres.
São repasto da natureza que a ninguém distingue
E tudo dá.
- Podem servir-se na paz de Deus.
Ela o diz a quem o quiser.
Veste montanhas.
Em trajes finos.
Sorri prás estrelas.
Sonha ao luar.
Cai-lhes a chuva.
Dá-lhes carinho.
Quem lucra é o rio
Que corre no fundo.
E, pelas manhãs,
Ao nascer do sol,
Como uma noiva,
Esfrega seus olhos,
Cobertos de tule
E sorri para o mundo.
Bendito o Pintor que as pintou assim...
Berlim, 27 de Setembro de 2018
19h0m
Jlmg

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