sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Sequóias no céu



Sequóias no céu
Cresceram sequóias no céu de copa para baixo.
Tanto penderam, me entraram no tecto,
Se sentaram à mesa e pediram comida.
Podei-lhes os ramos, até à vista do tronco.
Estavam tão magras, se viam as espinhas.
Fome de anos, nem água nem pão.
Ao cabo de dias, se compuseram perfeitas.
Ficaram verdinhas. Como troncos de couve.
Choravam tão tristes. Aquelas vistas de cima,
Alcance tão vasto, ficou reduzido à sala
De janelas fechadas.
Quiseram voltar. Em vão.
Passadas erradas.
Sem remissão.
Berlim, 14 de Setembro de 2018
20h8m
Jlmg

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