Primeira chuva de Outono
Pela calada da tarde, se apresentou pingando
na balaustrada da minha varanda.
Pinga que pinga. Num instante tudo molhado.
Adeus mesa e cadeiras onde me respaldava
À sombra. Sonhando e escrevendo.
O sol gira do outro lado.
Voltou aquele marulhar permanente dos carros pela rua.
Me livro dele e dos aviões constantes, com as portas hermeticamente cerradas.
Paralisadas permanecem as copas verdes das árvores.
Já começaram a cair as primeiras folhas.
Daqui prá frente é um crescendo que só pára
Quando estiverem todas nuas.
Assim se esvai o esplendor de Outono.
A seguir virá a neve e o frio de criar bicho...
Berlim, 23 de Setembro de 2018
19h7m
Jlmg
Sem comentários:
Enviar um comentário