Faltam-me as flores para fazer um ramo lindo.
Para ofertar aos deuses.
Secaram sem água ao sol.
Restam murchas suas pétalas sem cor.
Ressaltam-lhe só as nervuras.
O caule é lenha.
Mirram-lhe no túmulo as raízes negras.
Apenas as dos cardos restaram com cor.
Seus espinhos agudos afugentam meus dedos.
Disparam-me o sangue.
Nem sequer as abelhas e as borboletas
Lhes adoçam a forma.
Murchou meu fogo interno.
Me quedo infértil à sombra cega.
Só meu sonho me ampara agora,
Enquanto não vem de novo a primavera.
Berlim, 26 de Fevereiro de 2018
10h3m
Jlmg
Mirram-lhe no túmulo as raízes negras.
Apenas as dos cardos restaram com cor.
Seus espinhos agudos afugentam meus dedos.
Disparam-me o sangue.
Nem sequer as abelhas e as borboletas
Lhes adoçam a forma.
Murchou meu fogo interno.
Me quedo infértil à sombra cega.
Só meu sonho me ampara agora,
Enquanto não vem de novo a primavera.
Berlim, 26 de Fevereiro de 2018
10h3m
Jlmg
Sem comentários:
Enviar um comentário