Esbanjar viver…
Gastar tempo em ninharias,
em vez de o ajardinar de cores e
perfumes matinais.
Acalentar rancores por inimizades e
questiúnculas, com alguém que já nem sequer cá está.
Abordar o mar numa tarde solarenga
sem o mergulhar.
Sair sozinho e deixar o filho em casa
quando ele pediu para brincar.
Fingir não ver o sorrir de alguém que,
afável, nos saudou na rua.
Nada fazer a alguém que chora ao pé
de casa.
Esquecer quem, um dia, nos salvou
duma aflição.
Chegar ao fim da vida sem saber o que
cá veio fazer…
Berlim, 16 de Fevereiro de 2018
8h7m
Jlmg
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