segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Saudade dos pardais...



Saudade dos pardais…

Saudade dos pardais que chilreavam nos bosques.
Poisavam nos fios dos telefones.
Riam de nós que os flagelávamos com nossa fisga de borracha.

Fabricavam os ninhos nas ramagens dos carvalhos.
Dos seus ovos, como amêndoas de páscoa,
Brotavam passarinhos, seu piar era uma festa.

Quando, à tarde, o sol se punha,
Recolhiam tão caladinhos,
Só se ouvia a coruja
E nossa voz da consciência.

Quando o centeio ficava loiro,
Baloiçando as suas espigas,
Dava gosto tanta festança
Bandos felizes de pardais…

Berlim, 12 de Fevereiro de 2018
13h2m
Jlmg

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