Meu rio abrupto…
Abrandei meu rio abrupto.
Corria célere, desenfreado, ao tom do
vento.
O acalmo. Sossego e domo.
E me dou conta de que a poesia é
arte.
Beleza e paz, sua matéria-prima.
Seu lastro é luz.
Seu estro é cor.
Oiço a voz do inconfundível.
Me prendo firme às suas margens.
Exponho ao sol as suas lendas.
Reluzem belas como flores de lis.
Agora é um Danúbio lento.
Sua cor é verde.
Tem a paz dos campos.
Meu destino é a foz.
Só no mar afogo.
Berlim, 26 de Fevereiro de 2018
17h39m
Jlmg
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