Do alcatrão…
Duma fresta do chão, de alcatrão ao
sol,
Saíu um botão e do botão cresceu uma
flor.
Ali tinha caído uma semente,
arrastada pelo vento.
Pensou que iria morrer sem mostrar
quem era e chorou.
O sol a encontrou chorando. Se
apiedou e disse:
- não chores, pequena. Aqui estás
segura e protegida.
Dar-te-ei força. Irás crescer planta.
Em ti, despontará um botão.
Se abrirão dele folhinhas tenras.
As pintarei com cor e, ao som do
vento, dançarás ao sol.
A sementinha se sentiu feliz e parou
de chorar.
Se recolheu humilde e ficou à espera.
Dormiu a noite.
Ao amanhecer, sem saber como,
Se viu cá fora a mirar o mundo. Sobre
uma haste franzina.
O sol raiou. Sentiu calor.
E, sem dar conta, era um botão vermelho
E depois flor…
Berlim, 6 de Fevereiro de 2018
16h25m
Jlmg
Sem comentários:
Enviar um comentário