As tasquinhas de Lisboa
Espalhadas pela cidade, nas ruelas
escurecidas, onde passam os eléctricos,
Se evolam fados, retinem as violas,
E as vozes, mesmo roufenhas,
Entoam canções carregadas de
lamentos.
Cantando dores, mágoas passadas,
Escorreram pelas escadas,
Como um rio sonolento.
Lá no alto o castelo,
Ameias frias, quase geladas,
Do Tejo a brisa e mar sedento,
Ao longe o Cristo, acalmando os
ventos,
E uma ponte de gargantilha.
Pelo rio os traços dos velhos
cacilheiros,
Sulcando o Tejo, fazendo pontes.
Pelas colinas se estendem telhas,
Em mantas vermelhas,
Orando aos céus.
Ouvindo Dulce Pontes
Berlim, 14 de Outubro de 2017
8h58m
Jlmg
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