sábado, 14 de outubro de 2017

Tasquinhas de Lisboa



As tasquinhas de Lisboa

Espalhadas pela cidade, nas ruelas escurecidas, onde passam os eléctricos,
Se evolam fados, retinem as violas,
E as vozes, mesmo roufenhas,
Entoam canções carregadas de lamentos.

Cantando dores, mágoas passadas,
Escorreram pelas escadas,
Como um rio sonolento.

Lá no alto o castelo,
Ameias frias, quase geladas,
Do Tejo a brisa e mar sedento,
Ao longe o Cristo, acalmando os ventos,
E uma ponte de gargantilha.

Pelo rio os traços dos velhos cacilheiros,
Sulcando o Tejo, fazendo pontes.

Pelas colinas se estendem telhas,
Em mantas vermelhas,
Orando aos céus.

Ouvindo Dulce Pontes

Berlim, 14 de Outubro de 2017
8h58m
Jlmg




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