Cães vadios…
Não são malditos os cães vadios.
Como mendigos à solta,
Buscam o pão,
Buscam abrigo.
Até que apareça.
Como mendigos à solta,
Buscam o pão,
Buscam abrigo.
Até que apareça.
Foi-lhes madrasta a sorte.
Nasceram iguais aos demais.
Às duas-por-três, chegou o abandono.
Restou-lhes a noite e a fome.
Nasceram iguais aos demais.
Às duas-por-três, chegou o abandono.
Restou-lhes a noite e a fome.
Vagueiam sem tino.
Cruzam caminhos.
Morrem de frio.
Cruzam caminhos.
Morrem de frio.
Parecem bravios.
Sorriem ao vento.
Brincam também.
Sorriem ao vento.
Brincam também.
Bebem nas poças,
Se as fontes se fecham.
Se entregam devotos
a um dono que passe e os queira.
Se as fontes se fecham.
Se entregam devotos
a um dono que passe e os queira.
Mendigos vadios, por desprezo de alguém.
Mereciam viver.
Para isso nasceram e vieram ao mundo.
Mereciam viver.
Para isso nasceram e vieram ao mundo.
Berlim, 26 de Outubro de 2017
12h36m
Jlmg
12h36m
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