As margens dum rio…
Fazem pena as margens dum rio.
Ufanas, se engalanam de verde,
Oásis de sombra.
Tudo preparam.
Põem a mesa com toalha lavada.
A enchem de vinho e pão de centeio.
Passam as horas sustentando os
campos.
E, às duas por três, passa o rio,
impante e opaco.
Não liga nenhum ao que fica de lado.
Segue em frente.
Nem um sorriso. Às vezes um coice.
É a paga ingrata que dá às margens
atentas
Que lhes fazem a cama e abrem caminho…
Berlim, 25 de Outubro de 2017
9h19m
Jlmg
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