terça-feira, 31 de outubro de 2017

Castanhas assadas

Quentes e boas...
Eram as castanhas assadas em brasas. No canto da Esquina. 
À dúzia. Enchiam os bolsos.
Por cinco tostões.
Regalo dos pobres,Com pouco.
Em público.
E dos ricos, nas salas fidalgas,
Sózinhos, de bicoscalados.
Caíam de cima pela força do vento.
Cobriam o chão.
E a pequenada descalça,
Calejada nos pés,
Calcavam os picos
E as soltavam de vez.
Umas eram logo comidas,
sem casca.
Outras assadas com fogo,
Do tojo ou carvalho.
Pareciam cabrito no forno.

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