domingo, 22 de janeiro de 2017

São curtos meus voos na poesia...

São curtos meus voos na poesia...

É imenso e belo o mar da poesia.
Muitas vezes, envolto em denso nevoeiro.
De medonho, me prendo à terra
Esperando que o sol ou o vento
O vença e o dissipe.

Só então, eu solto minhas asas
e me abalanço e vou.

Minha alma se lhe entrega e vibra
como uma harpa crente.

Uma inefável invasão de tons
Me anunciam um tema.
Se se inflama em mim o fogo divino
Da inspiração,
Me limito a ouvir
E, como um rio,
A deixar correr a minha pena.

Depois o leio com sublime enlevo
E nele, como um pecador contrito,
Me banho e purifico...

Berlim, 22 de Janeiro de 2017
20h18m

Jlmg



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