São curtos meus voos na poesia...
É imenso e belo o mar da poesia.
Muitas vezes, envolto em denso nevoeiro.
De medonho, me prendo à terra
Esperando que o sol ou o vento
O vença e o dissipe.
Só então, eu solto minhas asas
e me abalanço e vou.
Minha alma se lhe entrega e vibra
como uma harpa crente.
Uma inefável invasão de tons
Me anunciam um tema.
Se se inflama em mim o fogo divino
Da inspiração,
Me limito a ouvir
E, como um rio,
A deixar correr a minha pena.
Depois o leio com sublime enlevo
E nele, como um pecador contrito,
Me banho e purifico...
Berlim, 22 de Janeiro de 2017
20h18m
Jlmg
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