quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Evolução dos seres...

Evolução dos seres...

Entraram no mundo
com uma forma bem delineada.
Perfeita.

Uns permaneceram quase inertes.
Sempre os mesmos.
Só a erosão dos elementos
lhes amaciou as arestas.

É o reino imenso dos minerais.

Outro grande grupo, quase infinito
é o dos vitalizados.

Destes, há os cravados ao chão.
Dele haurem o seu sustento
e pela seiva em constante movimento,
mudam de cor, trocam as vestes,
crescem e se reproduzem.
Pelas flores e pelos frutos.

São os vegetais, aéreos e aquáticos.

Depois vêm os semoventes.
Numa escala que vai,
quase do zero ao infinito.

Têm propriedades sensitivas
e recriadoras.
Se atraem para acasalar
e originam seus semelhantes.

Se deslocam na terra
buscando seu alimento.
Indispensável para a vida
se mantenha em forma.

Sentem alegria e dor.
Gemem e choram
quando a tristeza ou risco
os atemoriza.

Suas formas divergem
desde as mais simples às complexas.

É-lhes comum sua indiferença
total ao tempo e à finitude.

Por fim, o reino humano.
Erecto e vertical, na pose
e no seu andar.
Em constante luta
para sobreviver.

O ser único, capaz de reflectir.
De engendrar e construir,
segundo a lei do melhor conforto.

Intercomunica seu pensamento
pela voz e pelo gesto.

Constroi e regista a própria história,
de grandeza ou infortúnio.

É o único que tem medo pelo seu futuro...

Berlim, 11 de Janeiro de 2017
23h47m

Jlmg










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