quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Por sendas e azinhagas...

Por sendas e azinhagas…
Por sendas e azinhagas
Corriam as lendas tenebrosas
De fadas e duendes,
De assaltos e aparições.
Almas penadas de gente nota
que voltavam à terra
Para vingarem a sua história.
A do abade milagreiro,
Ao fundo do passal,
Com suas rezas e incensos,
Ao luar das madrugadas.
A do lendário Zé do Telhado
Que, sem temor,
Assustava meio mundo,
Roubando ao rico
Para dar ao pobre.
A do barão da Quinta Velha
Que passava as noites
Em festanças
E cantava desgarradas.
Era o tempo dos serões
Em que a família feliz
Se reunia à volta da lareira…
Berlim, 10 de Janeiro de 2017
20h20m
Jlmg

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