quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Pó e teias de aranha...

No meio do pó e teias de aranha...

Desço à adega.
Fresca e serena.
Há resmas de pipas e pipos,
Por debaixo dos caibros
de carvalho vetusto.

Não há bicho mordaz
que o fure.
Mas, abunda o pó numa manta
poisado
e, pendem no ar,
como em cortina,
as inúmeras teias de aranha.
Ninguém as escorraça.

E, em sono suave,
dentro das pipas,
sossega o vinho,
aquele néctar dos deuses
que é regalo dos homens...

Bar dos motocas, 12 de Janeiro de 2017
11h4m
JLmg

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