segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Me revejo em cada pedrinha...

Me revejo em cada pedrinha da minha rua...


De tanto passar sobre elas,
as conheço uma a uma.
Não chegariam os nomes que há no mundo.
Mas conheço sua história.

Era de terra a estrada.
Cada inverno a escalavrava.
tantos sulcos.
Pareciam rios.
Um dia, chegaram os cantoneiros.
Com vagonetas de casacalho.
Depois de limpa e bem alisada,
espalharam pedrinhas em tapete.
O cilindro as pisou bem firmes.
Se agarraram uma a uma.
E uma pista nasceu ali.
Nelas corriam nossas motas,
carros de pau.
De vez em quando, lá ia um joelho.
O pior eram as calças...
Nossas mães não perdoavam.
Por isso as sei de cor
e elas mim,
apesar dos anos.
É linda a festa que nos fazemos...
está tudo branco
Bar dos Motocas, 16 de Janeiro de 2017
14h45m
Jlmg

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