Tudo ao natural
Tudo se apresenta natural ao nascer do sol.
É a serra nua e é o mar.
Despida a praia
e sua areia crua.
Descem os rios num carnaval constante
pelas encostas ao léu.
São cintilantes os argênteos cardumes
que lhes brilham no seio.
E as borboletas nuas saltitam nos jardins,
beijando as flores.
Avançam afoitas,
pelo mar adentro,
sem as suas vestes,
as velhas traineiras,
só querem pescar.
Irrompem eriçadas
as ermidas brancas,
ostentando a cruz.
Caravelas perdidas
a bradarem aos céus.
E das chaminés ao vento,
brota o fumo branco.
Tanta lareira acesa
a cozinhar o pão,
tudo ao natural...
Berlim, 7 de Fevereiro de 2016
8h49m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário