Se soltaram as amarras do meu barco.
Ele aqui vai oceano adentro.
Vai ufano e atento às linhas altas das estrelas.
Vai sem bússola.
Só acredita nas certezas do seu leme.
Quer marear. Num sonho longo,
Ao longe o mundo
e suas quimeras fátuas.
Ouve a voz do vento
E se acalma ao sol,
Sentindo a brisa fresca
Que lhe banha a sua proa.
Vai lançando ao mar
todas as amarguras
que o enchiam.
Se sente leve
como se fosse uma canoa.
Berlim, 8 de Fevereiro de 2016
20h31m
Ouvindo concerto nº 1
de Brahms, por Hélène Grimaud ao piano
JLMG
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