segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

as amarras do meu barco

Se soltaram as amarras do meu barco.
Ele aqui vai oceano adentro.
Vai ufano e atento às linhas altas das estrelas.
Vai sem bússola.
Só acredita nas certezas do seu leme.

Quer marear. Num sonho longo,
Ao longe o mundo
e suas quimeras fátuas.

Ouve a voz do vento
E se acalma ao sol,
Sentindo a brisa fresca
Que lhe banha a sua proa.

Vai lançando ao mar
todas as amarguras
que o enchiam.

Se sente leve
como se fosse uma canoa.

Berlim, 8 de Fevereiro de 2016
20h31m

Ouvindo concerto  nº 1 de Brahms, por Hélène Grimaud ao piano


JLMG

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